sábado, 6 de agosto de 2011

"Ser nós mesmos."

O que se vive realmente não é, e não pode ser, demonstrado em palavras vazias,citadas sem contexto correto,ou seja, palavras decoradas. A existência não pode se comparar com a vida e com a reflexão, quando se existe, utiliza a rotina, cada dia está cada vez mais igual, viramos um robô.
Aquilo que Freud chamava de “superego” é a mesma coisa de “ a voz” de Geneen, motivadora ou desmotivadora do ser. Desmotivadora devido as proibições e ações de baixo auto-estima e motivadora apenas em relação ás regras impostas pela sociedade.
Observe que nunca somos nós mesmos, pois essa “voz” é uma junção de idéias diversas moldando nossa mente. Somos uma junção de outros, que por sua vez junção de outros e assim sucessivamente, apenas com pequenas mudanças, relacionadas aos sentimentos, e pela escolha (induzida na primeira fase e escolhida na segunda) das idéias e pensamentos a serem seguidos.
 Ser “nós mesmos” é, de certa forma, deixar de ouvir um pouco essa “voz”, que muitas vezes é rígida, autoritária e hereditária (influencia na infância, pela imagem de autoridade: pai, mãe, professor, etc.).
Tentar achar um termo, uma palavra ou algo que exprima essa ideia de “eu real” é um “trabalho de Sísifo”, um esforço nulo, um esforço inútil.
Nenhum ser humano é sempre “ele mesmo”, nunca irá fazer o que realmente deseja, mas sim o que a consciência mandar. Os atos, assim como a motivação para realizá-lo  (pode ser ate mesmo pela força de autoridade da “voz”, “consciência” ) vem de idéias distantes, de pessoas distantes, criações de pessoas desconhecidas, juntadas em apenas uma mente- um pensamento nunca é o primeiro, nunca é único, é sempre influenciado por coisas já existentes. Somos altamente influenciados.
As atitudes humanas são falhas, os humanos são falhos, mas os acertos ainda existem, e não podem ser esquecidos.
Antes de questionar o porque de algo, tente encontrar sua raiz, quem sabe não encontrará lá, suas idéias, seu pensamentos, ou porque não, encontrar consigo mesmo.

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